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“Não consigo falar de Carlos Paredes sem me sentar direito na cadeira.” Esta frase de Ben Chasny (Six Organs of Admittance) resume o impacto de Carlos Paredes, cuja guitarra portuguesa se tornou um marco na cultura nacional e cujo legado transcende fronteiras e géneros. No centenário do seu nascimento, Ben Chasny e Norberto Lobo juntam-se para uma série de concertos que celebram, à sua maneira, o compositor de Coimbra.
Longe de uma interpretação literal da obra de Paredes, os dois guitarristas evocam o espírito e a influência do mestre, tal como homenageiam nomes como John Fahey ou Robbie Basho. Entre as seis cordas de Chasny e as seis de Lobo, renasce o som das doze cordas de Paredes. A digressão passa por espaços como o gnration (Braga), Convento São Francisco (Coimbra), Auditório de Espinho (Espinho), Teatro das Figuras (Faro), Culturgest (Lisboa) e festival Tremor (Açores), onde participaram numa residência artística.
Ben Chasny foi pioneiro na introdução de Carlos Paredes ao público internacional. Dedicou-lhe Lisboa, tema que encerra School of the Flower (2005), e promoveu a reedição de Guitarra Portuguesa (1967) e Movimento Perpétuo (1971). Com uma discografia prolífica sob o projeto Six Organs of Admittance, Chasny é uma figura central da música experimental, cruzando tradições da folk e da american primitive guitar.
Norberto Lobo, por sua vez, carrega a essência de Paredes no seu trabalho. O seu disco de estreia, Mudar de Bina (2007), é uma homenagem direta ao mestre. Incansável na reinvenção da guitarra, Lobo é hoje um dos guitarristas mais respeitados da sua geração, sempre em busca de novas sonoridades e formas de expressão.