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Dando continuidade ao trabalho iniciado em 2019 Duarte Ferreira e Renato Cruz Santos percorreram as nove ilhas do arquipélago para ouvir e ver as suas especificidades. Deste trabalho de recolha, resulta a exposição Sístole, uma proposta que cruza a instalação sonora e a fotografia para agarrar o pulsar do território açoriano. Explorando os espaços e os ecos que compõem a paisagem sonora dos Açores, Sístole propõe-nos uma viagem sensorial pelas maravilhas naturais da região.
“Nestas reentrâncias desalumiadas, os olhos são-nos inúteis e guiamo-nos pela toada percorrendo trilhos sem garantia de ligação ou fim. Essa reverberação constante revela-nos um subsolo, lembrando uma estética de caos, prisão subterrânea “tão abaixo de hades quanto a terra do céu”, que nos pode levar a espaços tão próximos do coração da ilha onde, a toda a hora, bombeiam outras cores, a lava, o sangue.
A iminência da escoada lávica e da matéria cuspida que outrora já avassalou a paisagem com obscuridade, eclipsando-a do sol, moldando-a e esculpindo-a, contraria a ideia idílica e predominante da natureza primitiva, do verde. Existem outras cores, outras texturas, outros limites, que circulam por túneis arteriais em constante mutação, e que a Humanidade, desde que aqui chegou, tentou explorar para além do que é visível.”
SÍSTOLE é um projeto de DUARTE FERREIRA e RENATO CRUZ SANTOS
A exposição estará aberta de 30 de março a 30 de abril.