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Ao longo das suas doze edições, o Tremor tem vindo a apostar na criação de experiências artísticas multidisciplinares e imersivas, muitas vezes site-specific e com participação comunitária. Propostas como a ópera-viagem do coletivo polaco Instytut B61, as criações de Natalie Sharp, o coro comunitário de Ana Borralho e João Galante, ou os rituais de Vincent Moon e Priscila Tellmon integradas em edições passadas do festival, exploram a incerteza e a reflexividade de um mundo em mutação, questionamento e fragmentação.
Partindo dessa vontade de explorar novos universos de contacto, o Tremor apresenta, no próximo biénio, o projeto Arrepio, um laboratório artístico que desafia convenções e busca novas formas de convivência coletiva. O mesmo promoverá experiências alicerçadas na criatividade e na espiritualidade, em conexão com o mundo natural, propondo uma reflexão crítica sobre o que nos circunda e um novo cuidado para com todas as formas de vida.
À sua primeira edição, o Arrepio convida o coletivo berlinense 33 para ocupar um dos espaços do festival e, a partir do mesmo, criar uma performance que ressignifique o lugar e a experiência do mesmo.
Na dinâmica cena musical de Berlim, o duo 33 assume-se como uma força inovadora que redefine os limites da experimentação sonora e da colaboração artística. Composto pelo artista visual e músico Alexander Iezzi e pelo artista performativo e compositor Billy Bultheel, o projeto surgiu com a visão de promover uma sinergia criativa entre disciplinas diversas. O álbum de estreia do duo, 33–69, encapsula esse ethos, misturando techno intenso, tons industriais, vozes operáticas e pop experimental. A filosofia do coletivo vai além do núcleo do mesmo, envolvendo uma constelação de colaboradores — como Ivan Cheng, Steve Katona, NAKED, entre outros — para transformar a música numa forma de arte escultural. Cada tema assume-se como uma tela vívida, unindo árias de contratenor, letras em latim e imagens surreais e, com isso, compondo uma experiência coesa e de outros mundos. Alexander Iezzi e Billy Bultheel injetam no projeto uma rica bagagem artística. Iezzi transita entre instalações escultóricas, vídeo e performances ao vivo, onde manipula os materiais para desafiar as percepções convencionais. Os seus trabalhos foram exibidos em instituições como o MOMA de Nova Iorque e o KW de Berlim. Já Bultheel combina a música contemporânea com tradições medievais e renascentistas, criando obras site-specific que transformam espaços performativos em paisagens sonoras imersivas. As suas colaborações incluem composições para o premiado Faust e Sex, de Anne Imhof.