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Nuno Gervásio é um exemplo de mestria na arte dos conteúdos digitais e da fotografia em telemóveis. Mas até o mestre mais habilidoso encontra, um dia, um adversário à sua medida. Neste caso, a hiperatividade do festival combinada com a fotogenia da própria ilha, fazem com que Gervásio venha para os Açores preparado para testar o seu savoir-faire. A integrar a categoria de “Pessoas que só conheceram os Açores na primeira vez que vieram ao Tremor”, Nuno Gervásio pinta um retrato de como foi o seu batismo no Tremor 2016:
«O primeiro dia que fui ao Tremor foi também o primeiro dia que fui aos Açores e foi logo assim um dia incrível: eu fui mais cedo para a Ferraria porque nunca tinha tomado banho naquela água quente, já estava um pouco nervoso com ter de ir fotografar o festival, e, de repente, aconteceu algo que nunca tinha acontecido: o meu telemóvel com a água quente passou-se e morreu. Comecei logo bem. A malta ainda nem me conhecia e já tinha ficado sem equipamento para fotografar. Foi a única vez que tive de pedir um telefone emprestado. E depois, a outra grande tragédia deste dia, foi que o autocarro empanou a subir a Ferraria. E, portanto, fui eu, o António Pedro Lopes, a Inês Meneses e o Bernardo Mendonça de boleia, atrasadíssimos para o concerto da Joana Gama no Arquipélago. E quando chegamos à Ribeira Grande já estava a Joana Gama e uma sala cheia à nossa espera. Sentamo-nos e o concerto começou logo. Foi um dia inteiro memorável. Teve tragédia, teve drama, teve emoção, teve tudo.»