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Ciclicamente são repensadas medidas para tornar atrativa a fixação de profissionais de saúde na região. No entanto, os incentivos financeiros, as facilidades de acesso ao local de trabalho, ou as paisagens de postal, não se comparam à possibilidade de atender membros das tuas bandas de eleição, um par de horas antes de as ouvir tocar. Esta história, sobre o concerto de Moullinex em 2016, foi-nos contada por Luís “Kitas” Banrezes (co-fundador do festival e, aparentemente, paramédico amador), inaugurando assim, o capítulo de “concertos que o Kitas perdeu por estar a ventilar algures por entre corredores de hospitais”.
«Houve um ano em que nós trouxemos a banda Moullinex. Só que o baterista da banda ficou bastante doente, ao ponto de o concerto ter estado perto de ser cancelado. Tive de ir eu, tipo ambulância, levá-lo ao hospital. Quando estávamos à espera de sermos atendidos, passou um médico conhecido meu que me viu e disse: “Pá, tu não devias estar no Tremor?”. Ao que lhe respondi: “Não, porque tive aqui um problema com o baterista dos Moullinex”. E o médico: “O quê? Ele é que é o baterista de Moullinex?!? Ele vai ter mesmo de tocar porque comprei um bilhete só para os ver”. E foi o que aconteceu. O baterista entrou nas urgências, não sei o que é que o médico lhe fez (deve ter-lhe dado uma daquelas injeções bem fortes), mas posso garantir que o concerto foi incrível. Nunca vi aquele baterista a tocar tanto na vida.»